É bem comum encontrar, hoje em dia, profissionais e coaches falando sobre a tal técnica sanduíche. Talvez você mesmo já tenha passado por isso, oferecendo ou recebendo um feedback do tipo, mesmo sem saber.

Ela recebe esse nome por se assemelhar ao lanche. Primeiro uma fatia de pão, depois o recheio e depois outra fatia de pão, onde cada fatia de pão seria um elogio e o recheio o conteúdo do feedback, geralmente negativo.

Ou seja, a pessoa recebe o feedback sendo bombardeado por elogios para depois ouvir as críticas pertinentes e, depois disso, ainda ouvir elogios novamente.

Alguns líderes acreditam que, ao ouvir um feedback positivo, a pessoa aceita com mais facilidade um feedback negativo. Porém, não há nenhum estudo científico que comprove a eficácia dessa técnica. Além disso, estudos e pesquisas (como os conduzidos por Roger Schwarz) mostram que os liderados geralmente preferem receber apenas o recheio, ou seja, ir direto ao ponto.

A técnica sanduíche, por melhor que seja sua intenção de aliviar o impacto do feedback negativo, acaba sendo muito ineficiente por confundir mais ainda o liderado. Ele não vai entender se ele está acertando ou errando.

O feedback, seja positivo ou negativo, deve ser sempre visto como uma grande ferramenta e oportunidade de auto aprimoramento e não algo a ser temido. Quando bem conduzido, todos ganham com o feedback. O liderado entende com exatidão quais são seus gaps, onde e como ele pode melhorá-los e o líder sabe que vai obter melhores resultados a partir daí. Porém, isso só será atingido se o feedback for conduzido da forma correta e se o líder souber o que está fazendo.

Não se iluda: Um bom feedback sempre começa indo direto ao ponto, já nas primeiras frases. Faça com que a pessoa entenda e memorize o assunto principal do feedback.

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